sábado, 31 de outubro de 2020

MODAIS DE TRANSPORTE e a SEGURANÇA DOS ALIMENTOS


   
Pedro Rocha Engenheiro

   Os modais de transporte são classificados em cinco meios básicos de movimentação de cargas e pessoas: 

- ferroviário, 

- rodoviário, 

- hidroviário (lacustre, fluvial e marítimo), 

- dutoviário (feito pelos dutos) e 

- aeroviário.

   As operações de logística fazem uso desses modais para executar a movimentação de materiais e pessoas de forma eficiente e controlada.

  A logística trata do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Nela há uma série de atividades, as quais abrangem planejamento, compras, produção e entrega, das matérias-primas, materiais semiacabados e produtos prontos. As operações se desenvolvem desde o ponto de produção até o de consumo.

   Esse processo todo envolve fornecedores, produtores, distribuidores, varejistas e consumidores.

   No Brasil o modal rodoviário tem movimentação superior às dos outros modais de transporte, estando concentrado na região centro-sul.

   A escolha do modal a ser usado no transporte de alimentos leva em consideração o custo, tempo de transporte e natureza da carga.

   O uso de multimodais pode afetar a eficiência no transporte de forma econômica, segura e rápida, por exemplo, o transporte de frutas do Brasil para a Europa tem como melhor opção o modal aeroviário, apesar dos seus custos, por razões de perecibilidade.

  Os veículos para transporte de alimentos podem ser classificados em:

   Veículos para carga frigorífica: possuem equipamentos de refrigeração e são usados para transportar alimentos como carnes, peixes e laticínios.

   Veículos para carga isotérmica: o compartimento de carga do veículo é isolado termicamente. Possuem aberturas para ventilação a fim de evitar excessos de temperatura e umidade. Nele podem ser transportados frutas e verduras, além de refeições prontas.

   Veículos para carga seca: transportam alimentos de baixa perecibilidade, não necessitando de refrigeração ou aquecimento, podendo serem transportados a temperatura ambiente. 

   


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

MATRIZ GUT


   
Pedro Rocha Engenheiro

   A Matriz Gravidade, Urgência e Tendência ou Matriz GUT é usada pela organização para priorizar problemas quando não dispõe de dados quantitativos para isso. 

  Faz  então uma avaliação subjetiva de um problema atribuindo valores de 1 a 5 aos itens Gravidade, Urgência e Tendência respondendo a perguntas padrões, onde 

Gravidade (efeitos futuros)

1 - sem gravidade

2 - pouca gravidade

3 - grave

4 - muito grave

5 - gravíssimo 


Urgência (prioridade de ação)

1 - sem urgência

2 - pouca urgência

3 - urgente

4 - muito urgente

5 - extremamente urgente


Tendência (comportamento futuro)

1 - sem tendência a piorar

2 - piorará a longo prazo

3 - piorará em médio prazo

4 - piorará em curto prazo

5 - piorará rapidamente

Ex.: avaliação da possibilidade de um cliente acionar na justiça a empresa. 

   Multiplicam -se as notas e avalia-se a prioridade de atenção e solução desse problema frente aos outros que a empresa tem a resolver.


   No caso acima, deve-se dar prioridade máxima para o problema B.




Análise SWOT (Matriz SWOT)

 


   
Pedro Rocha Engenheiro

   A Análise SWOT é usada para fazer um diagnóstico organizacional.

   Essa ferramenta analisa as Strengths (Forças), Weakness (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) da organização. 

   Os pontos fortes (forças) e os pontos fracos (fraquezas) são relativos à organização, ambiente interno. São elementos que podem ser controlados pela empresa. Ex.: recursos humanos qualificados e uso de tecnologias ultrapassadas.

   As oportunidades e as ameaças (desafios) proveem do ambiente externo à empresa. São elementos que não podem ser controlados pela empresa. Ex.: novos clientes e aumento de impostos.

   A oportunidade identificada no ambiente externo, aliada às forças da organização, indicam um cenário de alavancagem onde a organização deve adotar a estratégia de desenvolvimento.

   

terça-feira, 27 de outubro de 2020

FERRAMENTAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA e DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

 


   


   As principais ferramentas da gestão estratégica e do planejamento estratégico são:

   - Análise SWOT (Matriz SWOT)
   Faz a análise do ambiente interno (forças e fraquezas) e do ambiente externo (ameaças e oportunidades).

  - Matriz BCG
  Classifica os produtos da empresa de acordo com o “crescimento do mercado“ e “participação do produto nesse mercado”.

   - Cinco forças de Porter
   Identifica a estratégia a ser adotada frente a cinco tipos de forças competitivas: novos concorrentes, clientes, fornecedores, produtos substitutos e concorrentes.

   - 5W2H
   Auxilia na elaboração de um plano de ação.

   - Balanced Scorecard - BSC
  Materializa em objetivos estratégicos a missão e visão sob as perspectivas financeira, do cliente, dos processos internos e da aprendizado e crescimento.

   - Matriz GUT
   Classifica e prioriza os problemas conforme a sua gravidade, urgência e tendência.

AUDITORIA INTERNA

 



   


   A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
e de direito privado.
   A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos – com enfoque
técnico, objetivo, sistemático e disciplinado – e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e
dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não conformidades
apontadas nos relatórios.
   O auditor interno é, via de regra, um funcionário da empresa. Ele faz exames dos controles operacionais visando promover-lhes melhorias por meio de um relatório que apresenta recomendações de controle interno e eficiência administrativa. Ele apresenta um certo grau de dependência e subordinação a administração da empresa. Seu escopo é contábil e operacional.
   A auditoria interna não se confunde com a auditoria externa, pois esta é realizada por um profissional independente externo a empresa cuja atividade se refere ao exame das demonstrações financeiras com a finalidade de dar uma opinião sobrea as mesmas por meio de um relatório - parecer. Seu escopo é apenas contábil.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

BLOCKCHAIN NA RASTREABILIDADE NA AGROINDÚSTRIA

 



   

www.perfectcobnsulting.tk

   A tecnologia blockchain pode ser usada na agroindústria para rastreamento e compartilhamento de dados e informações dentro da cadeia produtiva a fim de atender as necessidades de interoperabilidade e segurança de informações nas áreas industrial, administrativa e comercial.
   A tecnologia blockchain viabiliza a agroindústria inteligente contribuindo no esforço para melhorar a sustentabilidade e rastreabilidade de seus produtos beneficiando a parte mais interessada, o consumidor, o qual terá acesso as informações de toda a cadeia produtiva.
   Essa tecnologia rastreia o produto através de uma identificação única do lote para registro de informações sobre a qualidade da matéria-prima e do processamento.  
   Esse sistema de blockchain pode ser feita usando a plataforma Ethereum. Nessa plataforma, os blocos encadeados carregam um determinado conteúdo junto a uma assinatura digital (hash). A função hash é uma fórmula matemática que possibilita o mapeamento de dados. Ela permite verificar alterações mínimas nos blocos. Todas as informações dos blocos são escritas e gravadas em um livro digital e não podem mais ser apagadas.
   O núcleo da plataforma Ethereum é o Smart Contract (contrato inteligente, o código do computador que roda em uma Ethereum Virtual Machine e que possibilita que as transações ocorram de forma segura e sem interferência de terceiros ou de sistemas centralizados).
   Todos os dados armazenados são funções hash criptograficas.   
   Essa tecnologia reduz custos, perdas e complexidade das transações entre empresas através da criação de redes eficientes e seguras onde os valores são monitorados e negociados sem a dependência de um ponto de controle centralizado.

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1114038/avaliacao-da-tecnica-de-blockchain-na-rastreabilidade-na-agroindustria-a-sucroenergetica


   
   
   



CAMINHADA DA IMPORTAÇÃO

 



   


   A caminhada da exportação ou importação começa com a habilitação para operar no SISCOMEX junto à Receita Federal. Esta habilitação está regulada na IN SRF no 1.603/2015 e pode ser expressa, limitada ou ilimitada de acordo com a capacidade financeira de importar nos 6 meses consecutivos. Após a habilitação a empresa poderá realizar operações de comércio exterior de importação e exportação pessoalmente ou por representante credenciado.
   Caso o produto esteja sobre controle administrativo faz-se necessário a autorização do órgão anuente, ANVISA ou MAPA, por exemplo. Para tanto é necessário registrar uma Licença de importação - LI, caso o processo seja de importação. Exemplo, a importação de animais vivos deve ser com autorização do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
   Quando a mercadoria chega ao Brasil, o importador deve acessar o SISCOMEX e faz-se o registro da Declaração de Importação - DI. 
   Opcionalmente pode-se fazer a Declaração Única de Importação (DUIMP). Ela substitui a LI e DI.
   A partir de agora haverá o despacho aduaneiro.
   As mercadoria provenientes do exterior devem entrar no território nacional através dos porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.   
   Como haverá um pagamento internacional, o importador deverá tratar com o BACEN.
   

sábado, 24 de outubro de 2020

BOAS PRÁTICAS NA INDÚSTRIA DE PESCADO

 



   

   O pescado é um alimento altamente perecível devido a sua alta atividade de água e a carga microbiana própria ou adquirida dos utensílios, manipuladores e ambiente.

   A cadeia de produção do pescado passa pela pesca, transporte, descarga, armazenamento, indústria, varejo e consumidor. Ao longo dessa cadeia o peixe deve ser conservado no frio e deve-se tomar cuidados com a higiene.

   O Riispoa, Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, informa que o pescado deve ser mantido refrigerado entre -0,5 °C a -2 °C e congelado em temperatura máxima de -15 °C.

  Quando da chegada do pescado a indústria, deve ocorrer a sua inspeção a fim de verificar se apresenta características de peixe fresco e bem conservado.

   Peixe fresco deve ter as seguintes características:


      Os peixes de viveiros devem ser retirados com cuidado para evitar que o estresse faça com que eles se agitem em demasia causando o consumo do glicogênio levando a sua deterioração mais rápida, logo, uma vida de prateleira menor.

   Após a pesca o peixe deve ficar em jejum por 18 a 24 horas, em água limpa. Na sequência devem ser insensibilizados, abatidos e processados.




MANUAL DE BOAS PRÁTICAS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

 



   O manual de boas práticas na indústria de alimentos é uma ferramenta cujo uso visa assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos produtos. 

   As boas práticas devem estar presentes em todo o fluxograma de produção, começando pela recepção da matéria-prima e insumos, passando pelo processamento, embalagem, armazenamento e expedição.

   O manual de boas práticas (MBP) é um guia. Nele estão descritos todos os procedimentos de higiene e segurança relativos à manipulação dos alimentos, capacitação do pessoal, limpeza das instalações e equipamentos, controle de abastecimento de água e controle integrado de vetores e pragas urbanas.

   Dentre seus objetivos estão: a padronização da produção, disponibilização dos procedimentos a todos na empresa, comprometimento da alta administração, definição das responsabilidades.

   Ele não tem um modelo definido, sendo elaborado pelos colaboradores da empresa sob responsabilidade de um profissional, pois é impossível a uma única pessoa conhecer todos os procedimentos da empresa. 

   Ele retrata as condições atuais da empresa, nele se descreve o que realmente acontece na empresa. Por exemplo, numa rotina de limpeza e descrito qual produto de limpeza usar, sua diluição, forma de aplicação, enxague... de forma que se o profissional de limpeza faltar ao serviço, outra pessoa, de posse do manual, possa executar o serviço.

   Ele está em constante atualização. Deve estar acessível a todos e ser de fácil linguagem.

   O fiscal da vigilância sanitária o usa como um guia para verificar se o que consta no manual acontece na empresa.

   O POP (Procedimento Operacional Padronizado) é um dos seus anexos.

CONTROLE DE PRAGAS

 



   Em uma indústria de alimentos, as pragas predominantes são as urbanas. Pragas urbanas são os insetos e os pequenos animais que vivem em cidades. Eles representam  riscos à saúde humana. 
   Eles são classificados como  animais sinantrópicos - animais que habitam locais próximos aos homens e se adaptam a viver junto deles. 
   Eles apresentam grande resistência e adaptam-se em diversos ambientes. 
   Os principais grupos de pragas são:
   - roedores (ratazana, rato de telhado e camundongo)
   - pássaros (pombo é o principal, andorinha, pardal)
   - mosquito não afetam tanto os alimentos, mas podem afetar as pessoas
   - traças e mariposas dos cereais afetam muito matéria prima, alguns produtos acabados. Criam aglomerações de resíduos dentro equipamentos ou componentes elétricos.
   - moscas principalmente em processamento lácteos e carnes. Mosca varejeira, do ralo, de frutas…
   - formigas carreadores de microrganismos com potencial de contaminação cruzada, podendo aparecer em produto acabado
   - carunchos, besouros que atacam diferentes insumos desde farináceos até material de origem animal como vísceras
   A praga só se estabelece no ambiente se ela tem acesso, abrigo, alimento e água e o ambiente urbano apresenta esses fatores em abundância torna-se, portanto, um ótimo habitat para essas espécies.
   Na maioria das indústrias de alimentos água e alimento não se consegue eliminar. Deve-se atuar no acesso e abrigo.
   O controle de pragas deve ser físico e qdo necessário, químico.
   Inseticida só deve ser usado quando não houver outra medida de precaução.
   Agente químico é o raticida ou inseticida. Agentes físicos são as medidas que afastam as pragas, diminuem a atratividade e acesso.
   A principal medida segunda a legislação é prevenir e atuar antes da praga chegar através de um conjunto de ações contínuas e eficazes de controle de pragas e vetores.
   
   Os métodos físicos consistem em:
   - limpeza e organização
   - práticas operacionais
   - barreiras e armadilhas
   - controle na recepção de insumos

  Os métodos químicos consistem em:
   - iscas
   - inseticidas